quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Script da cena que vai ao ar hoje - 14/08

CENA DE ARQUIVO. VISTA AÉREA DE SÃO PAULO. EXT. NOITE
CENA DE ARQUIVO. CASA DE TARSO. EXT. NOITE
CENA 14. CASA DE TARSO. INT. NOITE
CONT. DA CENA 20 DO CAP. ANTERIOR. JOÃO ABRAÇA SANDRA, PRA FALAR COM BATISTA. OS TRÊS ESTÃO EMOCIONADOS.
JOÃO — Batista! Eu compreendo o teu desespero... mas eu amo aquele moleque... eu não posso abrir mão assim, de repente.
BATISTA — Mas eu não tô pedindo isso... em nenhum momento, eu sugeri essa hipótese... eu só tô querendo fazer parte da vida do meu filho, manja?
SANDRA — Batista, o João tá preocupado com razão... ele morre de medo de perder o carinho do Tarso!
BATISTA — Gente! Isso não existe! O João já tem o seu espaço garantido no coração do meu filho... eu também quero o meu cantinho... a minha parte... não tô tirando nada de ninguém... só quero poder conviver com o garoto... é só isso... (SUSPIRA) E depois, jamais o Tarso vai perder o carinho pelo pai de criação.
JOÃO — O Tarso é mais que meu filho... ele é meu melhor amigo!
BATISTA — Eu também gostaria muito de ser amigo do meu filho, compartilhar esse momento de crescimento dele, que já está se tornando um adulto.
JOÃO SE DESESPERA, CHORA.
JOÃO — O Tarso é a razão da minha vida... eu sempre procurei dar do bom e do melhor pra ele... paguei os melhores colégios, banquei todas as festinhas, patrocinei todas as aventuras, desde o surf até uma bandinha de rock que ele quis montar, na garagem de casa... agora não é justo você vir... e se tornar o paizão dele...
BATISTA — Tá vendo? Você pôde desfrutar de tudo isso aí... E eu? Eu não vivenciei nenhum momento importante da vida dele... (EMOCIONADO, VOZ EMBARGADA) Eu não estava presente quando nasceu o primeiro dentinho do Tarso... eu não vi ele aprender a andar... e muito menos falar ‘papa’... olha só quantos lances legais eu perdi...
SANDRA — (EMOCIONADA) Batista... eu sinto muito por todo o seu sofrimento.
BATISTA — (SONHA) Meu! O que eu mais quero é tá perto dele agora... pra poder jogar bola... conhecer as namoradinhas, assistir futebol pela televisão, ir aos estádios, visitar o zoológico e tantas outras coisas que um pai faz com seu filho!
SANDRA — (TRISTE) Acredite em mim! Eu lamento profundamente pelas coisas terem sido deste jeito! (SUSPIRA FUNDO, RECUPERA A EMOÇÃO) Mas... apesar de entender a sua dor... eu acho melhor você dar mais um tempo.
BATISTA — Já esperei demais! Eu tô agoniado... não quero mais ficar longe do Tarso... Pô, é broca, meu... cês nem imaginam o quanto fiquei preocupado quando descobri que ele era mutante.
JOÃO — Foi um choque pra todos nós!
BATISTA — Falando nisso... qual é a mutação dele?
JOÃO E SANDRA TROCAM OLHARES.
SANDRA — É melhor não conversarmos sobre isso.
BATISTA — Eu tenho direito de saber, meu!
JOÃO — Batista, não adianta insistir... esquece essa história de mutante... (FIRME) Olha aqui... eu vou ser franco e direto... eu te fiz uma proposta... você não aceitou... talvez você não tenha entendido direito... mas agora vou deixar bem clara a minha oferta... Eu quero que você diga qual o teu preço! Quanto que você quer em dinheiro, pra esquecer que o Tarso e a Sandra existem?
BATISTA — Lá vem de novo o mister tutu, que acha que pode resolver tudo com grana!
JOÃO — É sério, Batista! Eu estou disposto a te pagar uma fortuna... é grana suficiente pra você poder comprar uma casa, eu sei que você ainda não tem casa própria. É só você falar... eu pago!
BATISTA SE AFASTA DOS DOIS. DEPOIS FICA PENSATIVO. INSTANTES.
SANDRA — E então, Batista? Diz alguma coisa, homem?
BATISTA CAMINHA LENTAMENTE E CHEGA BEM PERTO DE JOÃO E SANDRA.
BATISTA — Tudo bem!
SANDRA E JOÃO SORRIEM, FELIZES.
JOÃO — Pode falar o teu preço!
BATISTA — Eu aceito a tua proposta... mas você vai ter que me dar toda a sua fortuna! (T) Eu vou ficar com tudo! Você com nada!
NA SITUAÇÃO DE TENSÃO,
CORTA PARA

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