Bianca Rinaldi sempre brinca nos bastidores de Os Mutantes que Felipe Folgosi é um meninão. E ela tem razão! Divertido e com o mesmo rosto de garoto de quando começou em Sex Appeal (1993), na Globo, o ator de 34 anos fica animado como uma criança ao falar de Beto, seu papel na trama de Tiago Santiago. "Foi a oportunidade de criar o herói que eu sempre quis fazer", diz ele, que palpita em tudo na trama (confira box). O espírito do herói parece ter contaminado Felipe mesmo: aventureiro, ele planeja participar de um treinamento físico, tipo do BOPE, e está no filme Procura-me, como um personagem de animação. "Sou eu estilizado!", comemora o ator, que é formado em cinema pela FAAP e fã de super-heróis. É, mas, por trás de tanta animação, mora um cara maduro. Felipe fez sucesso como (vejam só!) Aleph, um rapaz com poderes sobrenaturais em Olho no Olho (1994) e, desde então, aprendeu a não se deslumbrar. "Foi uma lição para eu me preservar. Há quem saiba usar a mídia, mas prefiro que meu trabalho seja a notícia e não a minha vida." O que o fez participar de mais uma temporada da novela? No começo, o Beto era cômico, ficava mais com a família, mas aí, ele foi para a ilha e ganhou um rumo bacana. Quando chegou ao fim, estava muito legal e eu queria desenvolver mais. Não enjoou, porque ele mudou muito. E olha, eu não queria ser um mutante. Tem que ter um herói assim, tipo o Batman, que tem só garra e valentia, porque senão parece que os humanos são muito "bananas" (risos).É difícil lidar com tema tão diferente?É um exercício de ator, precisa estar tudo na sua imaginação. Busquei referências no universo pop: Guerra nas Estrelas, Indiana Jones, Batman... Tem sempre um lugar guardado no meu coração para os heróis. Me divirto muito! É uma temática rara no Brasil, que, antes, só existia em seriados. Quando era mais novo, adorava Armação Ilimitada. Enlouquecia com a linguagem moderna e imagino que é isso que as crianças pensam de Os Mutantes. Uma coisa é ver um seriado estrangeiro e outra é ver um produto brasileiro. Em Olho no Olho, o Aleph tinha poderes sobrenaturais. Então, de certa maneira, você já tinha feito algo nesse universo. É, mas a única semelhança era ter efeitos especiais. Os personagens são diferentes e eu tinha 18 anos. O Aleph era mais frágil, uma vítima. Não tinha nem maturidade para dar um peso de herói! O Beto é mais dono da situação. Com e
le, estou atingindo uma nova geração do público, que não me conhecia e, quem sabe, possa vir a me acompanhar . A novela recebe muitas críticas. Como lida com essa parte? Não me deixo atingir e não balizo minha opinião por críticas. Tem de ver em que veículo saiu e se levaram em consideração o quanto é difícil fazer os efeitos. O importante é ficar antenado no público. E vou falar... A repercussão é como numa novela de sucesso da Globo. Você sempre foi discreto... pode contar se está namorando?Não, estou tranqüilo. Tenho vontade de encontrar um amor para toda a vida. Com o tempo, você fica mais realista. O romantismo que eu tenho hoje não é ingênuo. A única menina famosa que namorei foi a Patrícia de Sabrit. O assédio da mídia, na época, me incomodava e chegou a mexer com o namoro. Mas eu aprendi. Se agora acontecesse, eu não deixaria atrapalhar mais. Cheio de idéiasVeja as sugestões que Felipe deu e que acabaram fazendo parte da história: DEPECOM "Perguntei para o Tiago se não seria bacana se o Beto entrasse na Polícia Federal e tivesse um departamento especializado em mutantes. Aí, depois de duas semanas, veio o roteiro com a DEPECOM."SAMIRA "Na festa de estréia de Os Mutantes, sugeri para o Tiago que o Beto se apaixonasse pela Samira (Bianca Rinaldi). No começo, ele não gostou, mas, aí, embarcou na minha de novo!"
UNIFORME "Vi uma roupa bacana, comprei e mostrei ao Alexandre (Avancini, diretorgeral). Ele gostou e virou o uniforme da DEPECOM."

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